A disfagia é a dificuldade para deglutir alimentos. Muitas pessoas não dão importância aos primeiros sinais, tanto que entre 16% e 22% da população tem problemas de deglutição, mas não procuram ajuda.
Isso ocorre muitas vezes por falta de informação. A disfagia interfere na qualidade de vida e tira o prazer da pessoa comer, além de poder evoluir para outras complicações. Entenda como ocorre o problema e saiba o que pode ajudar a resolvê-lo.
O que é disfagia?
Disfagia consiste na dificuldade para deglutir alimentos. Deglutir é o ato que o corpo realiza para conduzir o alimento da boca até o estômago, sem permitir que partículas cheguem às vias aéreas. Esse mecanismo permite que o organismo se alimente e respire ao mesmo tempo, uma vez que as duas funções têm estruturas interdependentes.
Se o processo de deglutição sofre alguma alteração fisiológica ou anatômica, temos a manifestação da disfagia. Existem pessoas que não tem o reflexo da tosse e podem se afogar ou até aspirar líquidos no momento da ingestão, o que pode gerar uma pneumonia. Além disso, como a pessoa não consegue se alimentar, há um prejuízo quanto à absorção dos nutrientes.
Sintomas da disfagia
Quem tem disfagia, mas ainda não reconhece o problema, sofre com alguns desconfortos, como:
- Dificuldade para mastigar ou manter o alimento dentro da boca;
- Leva mais tempo para engolir;
- Necessidade de engolir várias vezes para o alimento, líquido ou saliva descer;
- Dor ao engolir/ sensação de alimento parado na garganta;
- Escape de alimento pelo nariz durante a alimentação;
- Mudança na voz após engolir;
- Mudança da cor da pele durante ou após a alimentação (palidez/cianose ou “pele roxa”);
- Tosse e engasgos frequentes durante as refeições ou ao deglutir saliva
- Falta de ar;
- Falta de interesse em se alimentar.
Tipos de disfagia
Existem quatro tipos de disfagia:
Disfagias orais e faríngeas (DOF)
São causadas por alterações na boca e na faringe, localizada na região da garganta. Atingem mais idosos e têm causas neuromusculares, como sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), Doença de Parkinson, Coreia de Huntington, tumores do tronco encefálico e da orofaringe, Doença de Alzheimer e divertículo de Zenker.
Disfagia esofagiana (ou de transporte)
Dificuldade de passagem do alimento depois da deglutição. As causas podem naturais, como distúrbios obstrutivos, ou de natureza funcional, quando a alteração responsável pelo sintoma é um problema relacionado ao movimento do esôfago. Tumores do esôfago, divertículos, impactação de corpo estranho e esofagite são algumas das causas naturais. Já as razões funcionais podem variar desde espasmo esofagiano à Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
Disfagia cardíaca
Relacionada a doenças cardíacas, essa disfagia comprime o esôfago e cria dificuldades para engolir e para que o alimento chegue ao estômago.
Disfagia botulínica
Em tratamentos na região da cabeça e pescoço que exigem aplicações de toxina botulínica, pode haver penetração da substância nos músculos da faringe, que pode causar a disfagia.
Causas da disfagia
A disfagia geralmente é a consequência de algum problema de saúde. Pode ser causada por problemas no sistema nervoso, nos músculos ou alterações mecânicas envolvendo a cabeça e pescoço, como:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Câncer de cabeça e pescoço;
- Traumas cranianos;
- Doenças neuromusculares;
- Paralisia cerebral;
- Doença de Parkinson.
A dificuldade para deglutir também pode ocorrer devido ao envelhecimento natural. Quanto mais velho, mais chances de desenvolver o problema.
Diagnóstico da disfagia
Para confirmar o diagnóstico de disfagia, é necessário que o médico avalie o histórico de vida da pessoa e a examine. Ele pode solicitar alguns exames para identificar as causas do problema, como:
- Raio-X com contraste
- Estudo de deglutição
- Endoscopia
- Manometria (medição da pressão em diferentes locais dentro do esôfago).
Prevenção da disfagia
Se a pessoa tem dificuldade para deglutir ocasionalmente, alguns hábitos podem amenizar o desconforto, como:
- Comer lentamente e mastigando bem os alimentos;
- Optar por alimentos mais macios e evitar os secos;
- Dar mordidas menores;
- Sentar ereto ao comer;
- Evitar comer apressado ou com distrações, como televisão;
- Evitar deitar logo após a refeição.
Caso note dificuldade para engolir determinada textura, procure um médico.
Tratamento da disfagia
O tratamento da disfagia pode ser clínico ou cirúrgico, depende da causa. Quando o caso é mais simples, o problema é causado por alguma disfunção na boca ou na parte superior da garganta, a pessoa pode fazer exercícios musculares para melhorar a deglutição sob o acompanhamento de um otorrino e um fonoaudiólogo.
Se a causa do problema estiver no esôfago, a pessoa deve ir a um gastroenterologista para definir o tratamento mais adequado para o caso. Pode ser necessário a dilatação esofágica via endoscópio, uso de medicamentos ou intervenções cirúrgicas.
A disfagia deve ser tratada o quanto antes, pois interfere diretamente na qualidade de vida e pode evoluir para complicações mais graves, como desidratação, desnutrição e problemas respiratórios.
Espessantes alimentares e a disfagia
O espessante é usado para dar viscosidade aos alimentos. Pode ser utilizado no preparo de alimentos para pessoas que têm disfagia. Alteram a consistência, tornam o produto mais espesso, o que ajuda a evitar o afogamento, sem modificar a cor, o cheiro e o gosto do alimento.
Funciona como um facilitador para o consumo de determinados produtos. A substância não compromete as experiências sensoriais de cada pessoa, pois isso está diretamente relacionado à vontade de comer ou beber os alimentos. O intuito é apenas proteger pessoas que sofrem com o problema para não gerar uma consequência grave à saúde.
Existem espessantes indicados especificamente para estabilizar o problema e possibilitar que a alimentação ocorra normalmente. Há inúmeras opções disponíveis no mercado que buscam atender diversos níveis de dificuldade para deglutir.
Espessante Espessa Mais possui contra indicações?
Produzido a partir do amido de milho, o espessante Espessa Mais não tem contraindicação, pois não contém glúten nem lactose. Portanto, os alérgicos podem consumi-lo tranquilamente.
É ideal para ser adicionado em preparações quentes ou frias, líquidas ou semilíquidas, para aumentar a consistência de alimentos, como água, chás, sopas e purês.
O modo de consumo do espessante, ou seja, a frequência e a quantidade devem ser orientadas por um profissional, seja um médico, fonoaudiólogo ou nutricionista. Pois isso varia conforme o estado clínico da pessoa.
O fabricante do Espessa Mais recomenda as seguintes para atingir às respectivas consistências:
- 1 colher medida 5g – xarope
- 2/3 colher medida 10/15g – mel
- 4/5 colher medida 20/25g – pudim
A quantidade indicada do espessante deve ser adicionada a um recipiente vazio. Acrescente o alimento quente ou frio e mexa intensamente, até que o alimento e o espessante estejam bem misturados para atingir uma das texturas desejadas.
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